O que você pensa quando o assunto é escrever bem? O básico e que todo mundo diz: a leitura é fundamental para uma boa escrita! Afirmações como essa tem fundamento, visto que o contato com diferentes assuntos, além de acrescentar conhecimento, também auxilia na elaboração e organização da linha de raciocínio. Mas, o que mais precisamos saber sobre a língua? Sendo assim, é importante concordar com a afirmação anterior, visto que a leitura aumenta horizontes e traz referências capazes de agregar valor ao texto, portanto, esse tópico se torna fundamental para construir um texto relevante.

A partir disso, a escrita se desenvolve por uma série de fatores interessantes durante sua construção, partindo dos termos citados no parágrafo anterior, coesão e coerência, além de outros que falaremos a seguir.

COESÃO:

A coesão é um elemento imprescindível na construção textual, afinal, seu efeito é o uso correto dos termos, possibilitando a conexão entre as frases, períodos e parágrafos. Em outras palavras, a coesão textual contribui para a ordenação das palavras, aparecendo através de termos ou expressões capazes de intercomunicar os intervalos de uma dissertação, também denominados como conectivos (conjunções, preposições, interjeições, advérbios etc.)

Para que o seu texto seja coeso, é fundamental que a utilização dos conectivos seja bem-feita, ligando as orações construídas.

COERÊNCIA:

A coerência textual, por sua vez, é a capacidade do autor de relacionar a lógica do contexto do texto que sucede da argumentação. Para facilitar a compreensão, pensemos o contrário de coerência. Em um texto incoerente e repetitivo, o raciocínio da ideia começa a se desenvolver, mas não termina. Sendo assim, se torna incompreensível, deixando a clareza para escanteio. Portanto, a coerência depende da utilização correta de tempos verbais e raciocínio lógico ao estruturar seu texto.

Antes de elaborar uma produção textual, organizá-lo de maneira congruente é imprescindível para que a mensagem seja passada com clareza por você, emissor, e compreendida sem dificuldade pelo receptor, o leitor.

PLEONASMO

Outro ponto importante sobre o desenvolvimento da escrita se dá pelo pleonasmo. Sendo classificado como um vício de linguagem, é capaz de adicionar informações supérfluas à ideia central do texto. Termo oriundo do latim, significa superabundância.

Suponhamos que você esteja construindo um texto e faça uso de pleonasmo vicioso. Ele é, nada mais, nada menos, que uma falha sintática sendo incoerente com as regras gramaticais. Um exemplo: subir para cima.

O pleonasmo literário, no que lhe diz respeito, é utilizado com o intuito de proporcionar expressividade ao texto. Muito usado em poesias, por conter a conhecida “licença poética”, pode-se exemplificar por: “Me sorri um sorriso pontual”, nas palavras de Chico Buarque.

Muito comuns na fala coloquial, não se encaixam em uma produção textual informativa, por exemplo. Uma dica para quem deseja aumentar o vocabulário, é procurar por sinônimos enquanto constrói a estrutura do texto.

REDUNDÂNCIA:

Também classificada como uma repetição desnecessária de palavras, a redundância é comum em produções textuais. Em outras palavras, é quando utilizamos termos diferentes para tratar do mesmo assunto, tornando-o repetitivo.

Para driblar a redundância, a coerência textual entra em cena. O seu texto precisa ser claro e objetivo, sem acionar a redundância (tópico anterior) para aumentar a extensão da sua argumentação. Além disso, revisar o texto antes de publicá-lo, por exemplo, é uma excelente alternativa para se certificar que a redundância não se faz presente em seu desenvolvimento.

Esses foram alguns tópicos essenciais para a construção textual qualificada. Outras dicas importantes para construir um bom texto estão nos próximos tópicos:

  • Não se prenda a vocabulários complicados, o ideal é apostar na clareza da mensagem;
  • Procure saber quem é o seu público-alvo, assim, você poderá estruturar seu texto de acordo com características específicas do leitor;
  • Leia para agregar valor, auxiliar no raciocínio lógico e utilizar citações;
  • Monte a estrutura do texto em um rascunho, buscando se nortear por pontos específicos elaborados durante a construção do ‘esqueleto’;
  • Utilize alusões para ilustrar o contexto;
  • Pratique a escrita em diferentes temas;
  • Monte a ideia do texto mentalmente;
  • Não se esqueça de revisar quando terminar sua dissertação

A escrita, portanto, depende de uma série de fatores para se enquadrar dentro do que a língua portuguesa estabelece como correto. No mais, estudá-la como um todo, conhecendo suas normas, viajando por seu vocabulário vasto, explorando suas entrelinhas é fundamental para uma boa escrita. Além disso, é preciso se libertar do mito que afirma que a escrita é um dom, visto que a prática é importante para aperfeiçoá-la, assim como o estudo.

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